Este blog trata - se do diário de um personagem ficticio da crônica G.D.A (Guardiões do Apocalipse) do sistema Daemon, Então as imagens utilizadas são meramente ilustrativas.
domingo, 26 de abril de 2015
Dia Insano
A noite foi bastante intensa, corpos entrelaçados e faíscas de enxofre e volúpia preencheram cada sombra e chama do quarto. O tempo e espaço naquele momento deixaram de existir para dar lugar ao mais intenso êxtase, uma dança mágica entre trevas e chamas realçadas por corpos em pleno ápice de desejo.
Ao amanhecer, batidas na porta e ao olhar para o lado na cama e não ver ninguém, passei a crer que tudo não passara de uma mera ilusão e poderia ser se ela não tivesse deixado propositalmente um rastro seu,ou melhor, nosso. Uma marca de queimadura na perna da cama. Ao levantar-me e ir tomar um banho esbarro com Evellyn que diz:
- Volte aqui, que cheiro de sacanagem e enxofre é esse empestando a casa inteira? Meu amor, não é pelo fato de ser serva da "Grande Mãe" que vou liberar a casa para isso.
Eu sem jeito apenas concordo acenando com a cabeça. Depois de algum tempo embaixo do chuveiro tentando retirar o que a Evellyn chamou de cheiro de sacanagem, escuto Gabriel chamando-me na sala, visto-me e vou falar com ele que ao ver-me fala com seu ar seco e arrogante:
- Você ai, traduza esses textos que são de urgência para nossos próximos passos. E seja rápido POR FAVOR.
Eu expliquei-lhe que aqueles textos estavam em uma linguagem que há tempos não via registro algum dela. Sentando-me e começando a tentar traduzir os textos levanto-me e caminhando em direção a cozinha escuto pequenos balbucios de um diálogo entre Evellyn e Gabriel, no qual o mesmo dizia:
- Será que podemos confiar nele? Afinal nada sabemos sobre ele e com certeza está envolvido com a tal da Anny.
Evellyn por sua vez responde de forma apassivadora:
- Realmente não o conhecemos, mas, conhecemos o seu irmão e creio que se foram criados pela mesma pessoa a índole de ambos é respeitável, não criemos conflitos entre nós mesmos.
Ao ouvir aquela situação caminho novamente em direção ao quarto junto minhas coisas para partir, aproximo-me de Evellyn e agradeço a hospitalidade, porém, não sinto-me aconchegado em um ambiente que me é hostil.
Ao encaminhar-me a saída do sítio tive uma surpresa ao ver que o mesmo seria atacado por todo tipo de criaturas, retornei para avisá-los, mas, o ataque já estava iniciado.
Sabendo que podia morrer ali naquele momento, fiz o que havia prometido a meu pai o que nunca faria, quebrei o selo que me fora destinado a evitar. Não lembro de muita coisa a não ser uma voz que para mim era muito familiar entregando-me rituais para que eu evocasse os dois opostos, a luz e as trevas, o principio e o fim, a minha benção e maldição.
- Que o fogo que arde revele as trevas que alimentam, que as trevas consumam seu esposo o que era chama torne-se trevas que a luz alimente as trevas, que ambos tornem-se um, que o fogo que aquece seja recoberto pela treva que oprime. Dancem juntos envolvam, queimem, entranhem todos que aqui estão opostos ao seu senhor......
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Dança de sombras
Era manhã, estava confuso tentando entender tudo que acontecera no dia anterior, estava sentado tomando o café quando o telefone toca, era Evellyn chamando para uma reunião. Levanto-me da mesa, arrumo meu material, pois, sei que com certeza precisarei dele, mas, precinto algo estranho como se deveria fazer algo.
Estou de saída quando recebo uma ligação:
- Olá gatinho, e ai o que tem para me contar?
Não tenho tempo para esperar...
Repentinamente a ligação caiu, algo me cheirava a confusão e que tinha a ver com o vazio em relação ao último dia.
Desci até o térreo, peguei um táxi e dirigi-me ao sitio de Senhorita Grey, ao chegar ela mostrou-me uns livros e pediu para que eu os decifrasse, eram línguas muito antigas.
Como tínhamos pressa ela convidou-me e sugeriu para que eu me instalasse por lá para que pudesse agilizar a tarefa e assim foi feito.
A noite quando me recolhi para meu quarto, a escuridão ficou cada vez mais densa, e aquelas trevas gelavam-me a espinha, não conseguia mover-me pois ao mesmo tempo que amedrontava, também, me atraia. O tempo naquele momento parou e de dentro do espaço de trevas saiu ela, ninguém mais que Anny, a dama de trevas.
Aproximou-se em minha direção, eu estava sentado em minha cama, caminhou novamente parou diante de mim dizendo:
- Oi gatinho, temos muito que conversar.
Corpos entrelaçados, o cheiro de pólvora e enxofre envolvendo mais o ambiente, tudo era prazer e meu corpo ardia com aquele momento tanto ou mais que as próprias chamas que me acompanhavam.
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