sábado, 2 de julho de 2016

A morte da luz

O ritual foi iniciado e a entrada do sítio foi tomada por uma barreira recoberta de luz e trevas, por alguns instantes perdi a consciência sentia apenas o meu corpo agir por si, cada golpe desferido, cada golpe recebido,a dor era extasiante ao mesmo tempo que sufocante, não tenho noção de quanto tempo durou,mas, quando retornei pude ver a pilha de corpos de todos os seres, meu corpo estava fedendo com o sangue derramado juntamente com o cheiro forte de pólvora e enxofre que me eram próprios.
Estava sem forças, não conseguia me mover, o corpo estava por cair por terra quando a mesma voz que ouço quando o selo foi rompido diz:
- Meu serviço foi feito agora levo comigo o meu pagamento, as trevas que cedi, deixo contigo e levo a luz que em ti habita. Andarás sempre nas tuas trevas em busca da luz pra te alumiar, desejarás o bem, mesmo que consumido pelo mal, desejará a luz mesmo envolto nas trevas. Tua benção sempre foi a tua maldição por isso que selado fostes, por isso que banido fui.
Não sei quanto tempo passei desacordado,apenas lembro que estava em um quarto, todos em minha volta, meu corpo estava totalmente acabado, mas, o que chocou mais não foram os ferimentos, mas, o que trazia comigo, em meu lado esquerdo uma chama negra se espalhava por meu corpo, minha pele estava escurecida, queimada, e as magias de cura nada resolviam.
Ali a luz havia se extinguido.