quarta-feira, 31 de julho de 2013

Prisão de Sombras



Não sei onde estou, sei apenas que estou sentado sem roupas em uma cela escura onde as sombras dela são diferentes de tudo que tinha sentido, elas me amedrontam, sinto um frio no meu interior, essas sombras tem sede de morte, de tortura e desespero, totalmente diferente daqueles que conheci até então, aquelas eram mais densas, mais calorosas, como se fossem o calor materno que nunca pude sentir, o conforto de uma companhia invisível.
Estou aqui esperando a morte que se aproxima, o frio em minha alma, a sede insaciável, e a grande sensação de derrota, incapacidade, mediocridade, e os grandes questionamentos começam a surgir ocupando a mente vazia e aumentando a certeza do fim: Será que morrerei aqui e agora sem ao menos poder vê-la uma última vez? Será que meu fim chegou sem ao menos encontrar as respostas que tanto procuro?
A cada segundo a morte se aproxima, o corpo começa a pedir socorro,pois, parece-me que estou há muito tempo aqui trancafiado, meu corpo está dolorido e não sinto mais minhas pernas e braços como se não os tivesse mais, repentinamente uma luz aparece dentro de toda treva existente ali e uma porta é aberta e dela sai uma mulher muito bonita que fala:
- E ai garotão o que tem a me falar? Por que está atrás da menina? Fale ou será pior pra você? Coopere sei que está com sede, com frio e com fome, se você me ajudar prometo que lhe ajudo a sair daqui. 
Eu sem forças para falar querendo apenas sair daquele lugar tão hostil falo:
- Não sei de nada, tudo que sei é que deveria estar com a garota no sitio da senhorita Evellyn, o que quer que eu faça para sair daqui faço qualquer coisa.
Ela olhando novamente para mim e fala:
- Deve estar com muita sede e esta água está imunda, mas dê-me o que preciso saber e em troca lhe dou água pura para saciar sua sede e lhe dou sua tão almejada liberdade.Eu novamente pergunto o que quer que eu faça, ela apenas diz:
- Não se preocupe eu cobrarei em breve, e sempre estarei por perto pra saber  se está realmente cumprindo.
Estou começando a ficar com sono, não sei deve ser o cansaço. 
(Passado algum tempo que não me lembro ou melhor sequer sei o que aconteceu)
Escuto o celular tocar e para minha estranheza estou agora deitado em meu quarto com a sensação de ter bebido todas as misturas possíveis e por conta disso ter tido um pesadelo, estou com a sensação de vertigem, vou beber algo mas antes vou dar uma olhada em minha câmera. 
Estou vendo agora e o filme está vazio a não ser por uma imagem da mulher do pesadelo mandando um beijo.
Agora estou confuso, faminto e cansado, vou deixar pra entender tudo depois agora vou descansar, meu corpo clama por isso. Estou voltando para a cama com a impressão que não pertenço mais a mim mesmo.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Resgatando a "sanidade"

Faz tempo que não escrevo, minha memória não anda tão boa, há tempos que não relato o que tem acontecido, e em algum momento posso ter invertido a ordem de alguma informação que não será tão relevante em relação ao todo, mas vamos lá, continuando aqui algo que sirva para quem algum dia encontrar este material.
No sitio da Evellyn conversando com Haziel e os demais, ele nos fala que a pessoa que temos que resgatar uma moça que chama-se Ana e está internada em um sanatório.
Chegou a noite e fomos em direção do local, ficamos avaliando um pouco a situação e o senhor Kauffman ou algum dos outros eus dele teve a ideia de entrar como um médico internando um paciente para podermos enfim transitar pelo local. E assim foi feito, entramos eu como o paciente, o senhor Kauffman como o médico, Haziel como enfermeiro e Gabriel em sua forma etérea transportando algumas coisas que fossem necessárias.
Ao entrarmos Kauffman fez todo o procedimento de internação e fui encaminhado para o quarto, depois de alguns minutos conseguimos ter acesso ao quarto de Ana, tivemos uma grande surpresa ao encontrarmos com ela,pois, estava totalmente surtada, quando tentamos nos aproximar tudo que ouvíamos eram frases sem nexo, relações incompreensíveis, então o Kauffman conseguiu tentar um início de diálogo com ela, que surtou novamente ao ouvir o nome Sebastião. E foi falando:
Sete são os dias da semana, sete, sete......
Passado algum tempo depois conseguimos sair de lá, porém fomos surpreendidos em uma emboscada, nesse período de tempo fiquei responsável de retirá-la de lá, porém, durante o caminho perdi o controle do carro, capotamos algumas vezes e não restam-me agora apenas lapsos de vultos e vozes abafadas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dama de sombras






Ao chegar ao sitio de Evellyn e me deparar com ela e o restante de seu grupo saindo para uma missão fiquei a priori sem reação, ela ao perceber isto convidou-me para juntar-me ao grupo e no caminho ela me explicaria tudo. Depois de alguns minutos, estava eu indo de encontro ao que seria o início do fim, ou melhor, fim de tudo que acreditava e início de uma nova realidade. Enfim,estávamos no carro eu, Evellyn, um alguém que ela tratava apenas por Sims, alguém que não sei porquê não me transparece confiança, e outro tal de Kaufmann, a única coisa que sei sobre ele é algo que não é segredo para ninguém, ou seja, é um milionário, e aparenta ser bastante excêntrico.
No decorrer do trajeto Eve fez um relatório de toda a situação. Uma situação bem tensa pra ser sincero, certo que eu desde muito novo convivi com criaturas sobrenaturais, mas, uma coisa é saber de sua existência e outra totalmente diferente é conviver e combatê-las.
Chegamos ao local que nos foi indicado, ao chegarmos fomos muito bem recebidos por vários magos que nos atacaram, travamos alguns confrontos tensos, passamos por muito sufoco até conseguirmos nos aproximar próximo de uma janela e avistar de longe uma silhueta feminina envolta em vestes e tentáculos de trevas. Conseguimos nos aproximar dela. Que prontamente começou a falar:
Boa noite, garotos tudo bem? Vejo que estão aqui para conversar comigo, mas, poderiam ter sido mais educados e ter marcado um horário. Ah! Fazer o que se estas crianças estão se tornando cada vez mais mal educadas.
Ao ouvir aquilo Evellyn demonstrou-se um tanto quanto questionada por conta do comentário. Pude então ver o rapaz conhecido por Sims olhando atentamente para ela, quando ele ia enfim desferir um ataque ela acabou por saltar a janela e o jovem saltou no encalço dela mas quando fomos ver ela desaparecera em uma espécie de portal feito de trevas.
Então ele olhando para os demais falou:
Saiamos daqui antes que tenhamos mais incômodos.
Saímos e voltamos para o sítio de Evellyn, para nossa surpresa tinha um jovem esperando para falar-lhe e este por sua vez ao vê-la foi impulsivamente falando:
Boa noite, gostaria de falar com a liderança de vocês, pois, preciso de sua colaboração para o resgate de uma determinada pessoa.
Evellyn acena com um leve balanço de cabeça, quase que uma reverência e em seguida fala:
Nós não temos uma liderança, mas diga, eu respondo por eles. 
O rapaz olhando-a novamente diz:
Meu nome é Haziel e eu necessito do auxilio de vocês para me ajudarem a resgatar uma moça, uma Yamesh pra ser mais claro.
Sims olhou para ele com um olhar bastante avaliativo como se estivesse prevendo o que iria acontecer dali a pouco.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

De malas prontas


Estou agora diante da janela olhando o vazio, nada além do vazio diante dos meus olhos, vejo somente uma imensidão azulada com vários relances brancos. Os pensamentos distantes e totalmente disformes, ou melhor, a mente totalmente vazia, distante de qualquer pensamento, de qualquer coisa que me mantenha disperto neste mundo de dor e tristeza. Ao longe começo a ouvir um som quebrando minha concentração, meu momento de "deserto", o som começa a incomodar mais, até que eu finalmente saio do meu lugar diante da janela e vou atender o telefone, olho o identificador de chamadas e reconheço o número da Evellyn, ao atender antes mesmo de pronunciar uma única palavra sequer, ouço a voz do outro lado dizer:
Hans por favor venha pra Fortaleza, estamos necessitando de sua ajuda.
- Minha ajuda? Do que está falando?
Ela por sua vez fala de forma suscinta para acabar imediatamente o diálogo:
Hendrick me disse que você é um mago ritualista e é exatamente o que estamos precisando, venha aqui pra Fortaleza é um assunto de suma importância. É um caso extremo de vida e morte, não minha nem sua mas de milhões de pessoas. Venha e quem sabe não consigue as informações que tanto quer?
Depois de mais de uma hora de negociação e muita conversa, desligo o telefone e parto para a difícil tarefa de arrumar minha mochila levando o básico sem esquecer de nenhum dos meus materiais. Após terminados os preparativos falta agora somente ir ao aeroporto providenciar os preparativos, primeiramente ligo para Bergkans:
- Alô Berg, estou indo para Fortaleza resolver a pendência do Hendrick por lá.
Você vai pra onde? Respondeu Bergkans.
Eu novamente repeti o que tinha dito anteriormente e depois de meia hora de um diálogo ávido e intenso chego ao aeroporto, compro as passagens e após meia hora embarco em direção à Fortaleza.
Depois de algumas horas aqui estou desembarcando nessa cidade que tanto me atrai ao mesmo tempo que me repulsa como um imã magnetizado. Estou sendo guiado para algo que ainda desconheço ao mesmo tempo que algo me diz para não permanecer aqui nesta cidade, aparentemmaente muito acolhedora, mas, no íntimo dela não passa de mais uma sociedade segregada, que por diversão oprime e mutila aqueles que não se encaixam ao que é considerado um modelo a ser seguido. Depois de algumas horas perambulando pelos corredores do aeroporto acabo por visualizar dentre todas as lojas uma em especial, direciono-me até esta e trato de comprar um repertório mais relaxante. Ao sair do aeroporto ligo para Evellyn para informar que estou na cidade e pego o endereço para poder ir, estou saindo do aeroporto e por sorte tinha um táxi estacionado no ponto. Caminhando em direção ao táxi consegui que o motorista me levasse até o sitio da senhorita Evellyn,dentro do táxi pude observar a cidade e perceber a disparidade que possui, é difícil não se chocar ao ver tantos opostos convivendo em uma "unidade". Depois de algum tempo avisto ao longe o sitio da senhorita Evellyn, peço para o taxista parar por ali e esperar alguns minutos, caminho até o portão e vendo-a sair de casa com outros dois homens chamo-a:
- Evellyn! Evellyn!
Ela vendo-me veio em minha direção e conversamos um pouco e pude perceber a impaciência dos dois homens que estavam com ela, um tinha a aparência muito formal e estabelecia um tom de prepotência e de poder enquanto o outro passava a imagem de um jovem aventureiro que de alguma forma trazia em si a tranquilidade e inocência de uma criança. Ela olhando para os dois e em seguida para mim, diz:
Estamos saindo para resolver algo, poderia vir conosco? Seria de grande ajuda, não se preocupe que lhe conto tudo no caminho.         

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Nas brumas de Morpheu


Estou andando em um corredor que termina diante de uma porta, esta por sua vez é toda adornarda com metais preciosos. Caminho alguns passos até a porta, procuro ver alguém próximo para que eu pedir informações, olho para os lados do corredor que assemelha-se a um labirinto, ninguém a vista, giro calmamente a maçaneta da porta e ao empurrá-la para que possa andar, perco o fôlego ao ver uma biblioteca tão gigantesca, repleta de estantes que impossibilitam enchegar o teto, o espaço deve ter em torno de seis metros de altura, obviamente levando-se em consideração as estantes organizadas uma em cima da outra. E olhando cada estante estou deslumbrado a cada passada diante delas, pois, todas contém diversos grimórios, livros de alquimia, rituais, históricos etc. Um local realmente apaixonante para qualquer estudioso. Enquanto caminho avisto ao canto da parede uma mesa com alguns livros, ao caminhar uma voz ao longe diz:
Venha querido, aproxime-se aqui está toda a fonte de conhecimento de gerações reunidas em um único lugar e este conhecimento é todo seu.
Sinto a voz me chamando cada vez mais, agora estou sentando na mesa e folheando um dos livros, um leve perfume toma de conta do lugar, e repentinamente estou sentindo uma mão tocar o meu rosto, enquanto ergo a cabeça posso perceber a silheta feminina envolta em um manto formado de trevas, e ao olhar o rosto dela vejo algo que deixa-me assombrado o rosto é o de Celine, porém, com traços mais rudes e com cabelos negros. Enquanto vejo-a ela começa a caminhar,tento ir em sua direção mas meu corpo mantém-se inerte. Estou chamando o nome de Celine, mas, sem resposta alguma, agora estou totalmente confuso. Atônito e cansado ao longe agora ouço um som semelhante a um despertador ou algo similar, agora vejo tudo ser encoberto por trevas. Tudo torna-se escuridão e vazio.
O som que antes ouvia distante agora é cada vez mais próximo, subitamente estou agora suando, acordando em meu quarto. Vejo-me frustrado por perceber que tudo não passou de um sonho. O telefone agora toca de forma irritantemente insistente, estou apanhando o gancho quando preparo-me para falar sou surpreendido pelo falante que está do outro lado da linha que apenas diz:
Sua doce Celine foi vista pela última vez há uma semana em Fortaleza.
Ao colocar o telefone no gancho sinto uma pressão forte no peito afinal de contas depois de todo esse tempo era uma pista concreta. Em seguida o telefone novamente toca desta vez é Evellyn que diz:
Hans, preciso de sua ajuda aqui em Fortaleza, antes de ser destruido seu irmão fez-me esta indicação.     

terça-feira, 30 de abril de 2013

Infância






São três horas da manhã, estou sem sono, levanto-me do sofá e sigo até a estante de onde retiro um álbum com fotografias de infância, lembranças de tempos bons, tempos nos quais não tinha nenhum tipo de preocupação, tempos onde o importante era viver e não ter que tentar sobreviver mais um dia, tínhamos a escolha de aproveitar o dia ou não, de poder ver o pôr do sol, tomar banho no lago, andar na chuva, enfim de sermos normais. Tempos que viviamos e agíamos como crianças que éramos e que gostávamos de ser, apesar de toda a carga de responsabilidade que nos começava a ser imposta ainda nos era permitido sentir a idade avançar no caminho adequado.
Agora caminho em direção à geladeira, apanho uma cerveja, abro-a e brindo em homenagem a Hendrick, afinal faz duas semanas que morreu, olho agora as fotos e sinto-me consumido não somente pela tristeza de não o ter mais aqui, apesar que nos últimos tempos mal tinhamos contato, mas por ver nas imagens tempos em que a importância primeira era apenas aproveitar cada instante do dia como um suposto CARPE DIEM, não que esse fosse o nosso caso, mas pensávamos em aproveitar tudo aquilo que em algum momento sabíamos que não passariam apenas de memórias para alguns de nós, uma "família" ligada nas diferenças, distantes nos sentimentos, ligados apenas por habilidades e circunstâncias em comum.
De todas as lembranças de nossa infância a que gosto mais de lembrar são aquelas que são as mais verdadeiras, aqueles momentos onde não é preciso uma única palavra sequer para que os outros tenham noção do que se quer dizer, não precisar reclamar de algo,pois, logo saberá o que tornou-se incômodo, não ter nada em mente a não ser brincar e ser algo que a cada dia deixamos de ver, crianças, vejo na rua não mais crianças como as de outrora, mas seres adultos não formados.
Agora não sei se o sono está ficando maior ou o efeito das cervejas em um estômago vazio, deixa pra lá, hora de apagar as luzes, horizontalizar o corpo e esperar por mais um dia de vida ou morte.  

terça-feira, 23 de abril de 2013

Persona non grata


Era por volta de três horas da tarde quando desembarquei no aeroporto em Munique, ao chegar percebi prontamente que Bergkans e Hilda estavam me esperando, fui em direção deles que em seguida perguntaram praticamente em coro:
E ai onde ele está? Está vivo?
Eu olhei-os de forma que meu semblante traduzia bem minha resposta. Hilda olhando fixamente pra mim começou a me inquirir para saber como se deu a morte de Hendrick. Eu comecei a contar tudo o que descobri ao chegar no Brasil. Passadas algumas horas voltamos para a casa de nosso pai e lá chegando fomos tratar dos preparativos para o funeral ou ao menos uma cerimônia de corpo presente, já que não existia corpo para ser velado.
Depois de algumas horas preparativos concluidos, amigos e familiares presentes, tudo corria na maior tranquilidade, tudo como o esperado até o momento que o silêncio do momento e som do soluçar das mulheres foi quebrado por gritos que vinham da entrada da capela. Uma mulher armada adentrou a capela gritando loucamente:
Seu maldito, mentiroso, disse que iria voltar para mim, ia me proteger e iria proteger Clara. Cadê você agora? Me diga!!!!!
Depois de gritar e chorar convulsivamente ela deitou-se abraçada com o porta-retrato de Hendrick. Hilda fez menção de ir até a mulher e tomar satisfação com ela, quem ela pensava que era para ir atrapalhar o funeral, o último momento de estar ao menos ao som do nome de nosso irmão. Ao caminhar em direção da mulher pronta para usar de força bruta se necessário, ela simplesmente ficou atônita ao ver no braço dela o terço que ele usava e próximo uma tatuagem em formato de coração com os nomes Hendrick e Verbena, mas o mais estranho da tatuagem era que não era feita com tinta, mas com ferro quente. Enquanto Hilda olhava para Verbena consternada ao mesmo tempo que revoltada ao saber que aquela mulher que estava ali chorando no chão inúmeras vezes quase matou aquele por quem chora copiosamente. Ao ver o incômodo que aquela mulher estava causando nosso pai levantou-se do banco no qual estava sentado e dirigiu-se em direção de Verbena e ao aproximar-se dela disse com um tom áspero e ao mesmo tempo compreensivo:
Qual o seu nome menina e o que você era dele?
Ela olhando-o respondeu:
- Meu nome é Verbena e ele era meu marido, ou melhor meu companheiro.
Hilda ao escutar isso falou em seguida:
Então você é a caçadorazinha com quem ele dormia? O que ainda faz aqui? Você não passa de uma persona non grata neste ambiente.
Hans olhando para Hilda e fala agora com um tom mais áspero dizendo:
Silêncio! O que aconteceu com eles não nos interessa e se ela é uma persona non grata como você diz Hilda quem decide sou eu e agora deixe-a despedir-se dele, pelo que fala ela tem tanto direito quanto nós.
Verbena olhando novamente para Hans agradece-o e em seguida diz:
Obrigado por deixar, por mais que não acreditem e por mais estranho que seja eu o amava, do nosso modo, ele foi a minha vida, a luz de minha escuridão.
E ao terminar de falar ela entrou em uma espécie de transe e ali ficou chorando abraçada com o retrado de Hendrick, era chegada a hora de encerrar o funeral e Bergkans tentou retirar dos braços de Verbena o retrato, mas ao tentar ela acabou cortando-o com uma adaga, ele no momento irritou-se e já estava pronto para acertá-la quando eu por fim resolvi intervir, retirando-a dali.