Este blog trata - se do diário de um personagem ficticio da crônica G.D.A (Guardiões do Apocalipse) do sistema Daemon, Então as imagens utilizadas são meramente ilustrativas.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Infância
São três horas da manhã, estou sem sono, levanto-me do sofá e sigo até a estante de onde retiro um álbum com fotografias de infância, lembranças de tempos bons, tempos nos quais não tinha nenhum tipo de preocupação, tempos onde o importante era viver e não ter que tentar sobreviver mais um dia, tínhamos a escolha de aproveitar o dia ou não, de poder ver o pôr do sol, tomar banho no lago, andar na chuva, enfim de sermos normais. Tempos que viviamos e agíamos como crianças que éramos e que gostávamos de ser, apesar de toda a carga de responsabilidade que nos começava a ser imposta ainda nos era permitido sentir a idade avançar no caminho adequado.
Agora caminho em direção à geladeira, apanho uma cerveja, abro-a e brindo em homenagem a Hendrick, afinal faz duas semanas que morreu, olho agora as fotos e sinto-me consumido não somente pela tristeza de não o ter mais aqui, apesar que nos últimos tempos mal tinhamos contato, mas por ver nas imagens tempos em que a importância primeira era apenas aproveitar cada instante do dia como um suposto CARPE DIEM, não que esse fosse o nosso caso, mas pensávamos em aproveitar tudo aquilo que em algum momento sabíamos que não passariam apenas de memórias para alguns de nós, uma "família" ligada nas diferenças, distantes nos sentimentos, ligados apenas por habilidades e circunstâncias em comum.
De todas as lembranças de nossa infância a que gosto mais de lembrar são aquelas que são as mais verdadeiras, aqueles momentos onde não é preciso uma única palavra sequer para que os outros tenham noção do que se quer dizer, não precisar reclamar de algo,pois, logo saberá o que tornou-se incômodo, não ter nada em mente a não ser brincar e ser algo que a cada dia deixamos de ver, crianças, vejo na rua não mais crianças como as de outrora, mas seres adultos não formados.
Agora não sei se o sono está ficando maior ou o efeito das cervejas em um estômago vazio, deixa pra lá, hora de apagar as luzes, horizontalizar o corpo e esperar por mais um dia de vida ou morte.
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poxa, fiquei tiste
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