Era segunda pela manhã ainda estava tentando me adaptar a tudo que estava acontecendo, descobrir que tudo que estava acontecendo na verdade de alguma forma já havia sido traçado pra mim.
Quem diria que eu, um órfão sem nenhuma perspectiva de acordo com meu "pai" tenho um destino grandioso pela frente, e ainda mais eu seria um mago. Estava levantando da cama quando o telefone da sala começa a tocar,corri e fui atender assim que retirei o telefone do gancho e falei, do outro lado do aparelho ouvi uma voz áspera e ao mesmo tempo macia, branda e ao mesmo tempo vigorosa que simplesmente disse em poucas palavras:
- Alô Hans,creio que não saiba quem sou, encontre-me em meia hora no café em frente a Mariaplatz em 30 minutos.
Ao ouvir aquilo fiquei mais intrigado do que já estava, sem saber o que fazer resolvi ligar pro Hans - pai, que se encontrava no orfanato naquele instante, demorou um pouco mas enfim atendeu e antes que pudesse falar algo ele foi logo dizendo:
- Vejo que Angelus entrou em contato com você, meu conselho é ir andando rápido, pois ele detesta atrasos e você não irá gostar nenhum pouco do que irá lhe acontecer.
Então respondi de uma forma defensiva dizendo:
- Afinal quem é Angelus? Por que todo esse mistério? Isso tudo está me parecendo algum jogo ou história de best-seller juvenil, quero apenas respostas. Ele percebendo a minha reação acabou por explicar.
- Angelus é um mago, grande amigo meu e que me deve alguns favores, que irá lhe ensinar a controlar e usar corretamente seus poderes e também lhe proporcionará todo o conhecimento que um verdadeiro mago deve possuir. O mistério é necessário porque se soubesse realmente tudo que está acontecendo a nossa volta das duas uma: ou ia sumir de vez ou iria surtar de vez.
Depois de todas as explicações de meu pai fui ao encontro do tal de Angelus, que para minha surpresa não era ele e sim ela, este era o nome no qual ela era conhecida entre os magos, e depois acabei por descobrir que ela recebeu este nome por atrair a atenção dos anjos para si. Ficamos durante algumas horas conversando em um café próximo a Mariaplatz, em determinado ponto da conversa ela apenas levantou-se e pediu para acompanha-la, ao sairmos do café ela levou-me para o extremo sul de Munique onde existiam algumas habitações históricas preservadas. E ao pararmos em frente a uma delas, ela simplesmente juntou as mãos, começou a rezar uma espécie de mantra e em sua volta ergueram-se chamas negras como as minhas, porém, de maior intensidade, e em determinado momento na porta da casa na qual estávamos em frente apareceu um sinal igual ao que ela trazia em forma de pingente. Em seguida ela diz:
- Entre agora, e ao entrar repita o ritual ensinado por Hans para poder encontrar seu Grimório e sua cela. Em seguida ela entrou na casa e à medida que ela ia entrando as luzes do casarão iam acendendo.
Quando ela finalmente entrou na casa, fiz como disse, repeti o ritual e fui direcionado para um quarto, que mais parecia uma cela, e lá estava em cima da cama um livro grosso com a capa negra e possuía na capa a imagem de dragão e sua fechadura tratava-se de duas foices cruzadas. Ao tentar abrir o livro, não consegui,pois, ao tocá-lo, o mesmo incandesceu-se e ela por sua vez disse-me que fui guiado por minha magia até o livro, mas, para que eu pudesse abri-lo eu teria que aprender a controlar minha magia. E era exatamente para isso que ela tinha me levado para lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário