quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cerveja, rock e sangue






A noite estava nublada, o clima estava quente e abafado, eram por volta de 23 horas quando entrei no bar, sentei em uma mesa e pedi uma caneca de cerveja. Estava bebendo numa boa, até o celular tocar e eu atender e ouvir:
- Alô senhor Hans, solicitamos sua presença imediatamente aqui no Vaticano, à pedido de seu irmão. Venha para o seu bem e para o dele.
 Ao ouvir aquilo tive uma reação quase instintiva de rebater a petulância como eu considerava, dizendo:
- Primeiramente estou muito ocupado e segundo diga a ele que não é problema meu as idiotices que ele apronta por ai.
Em seguida desliguei o telefone e voltei a beber minha cerveja quando repentinamente vejo entrar pela porta a figura de Cassius, que senta-se na mesa e pede outra cerveja dizendo:
- Humm, local não muito interessante para se frequentar, mas, gostei daqui. Mas, vim aqui não para lhe fazer companhia, mas, para tratar de negócios. Vamos sair para conversar em um local mais reservado?
Eu então respondi:
- Sim, mas terminemos mais esta rodada, afinal de contas não é educado dispesdiçar nada, muito menos bebida.
Antes que eu pensasse em iniciar outra frase, dois caras encostaram em nossa mesa, ambos estavam ou pelo menos aparentavam estar embriagados e um deles começou a gritar:
- Não acredito como este lugar caiu tanto, estão aceitando agora boiolas e até mesmo playboyzinhos de merda aqui.
Após falar olhando pra mim, escarrou e em seguida cuspiu dentro da minha caneca de cerveja dizendo:
- Achou ruim, playboyzinho?  Se tiver coragem vem brigar, eu prometo não machcar esse teu rostinho de porcelana.
Eu já estava perdendo a paciência, mas, ao mesmo tempo algo dizia-me pra manter a calma, principalmente por estar com Cassius ao meu lado. Olhei para ele e vi toda sua calma pedindo outra rodada e quando a garçonete trouxe, um dos dois caras pegou a caneca e olhando para o Claus derramou todo o conteúdo em sua cabeça, e em seguida falou para o outro:
- Vamos sair daqui esses dois não passam de uma dupla de boiolas medrosos.
Ao terminar de falar, este olhou para o outro e esboçavam uma saída quando Cassius olhando pra mim levantou-se e disse-me:
- Hans que tal brincar um pouco? Afinal deve ser um saco usar o dia inteiro essa imagem de bom moço, eu reconheço de longe um instinto sanguinário quando vejo, e esse seu há tempos pede pra sair, estou chamando ele pra brincar um pouco.
Ao terminar de falar vi somente a sua mão puxando o cabelo do cara que estava de costas, e seu corpo sendo arremessado ao chão e Cassius chutando-o, e ao ver a cena pude perceber que ele possuia mais vigor do que deixava transparecer, e enquanto ele estava chutando o sujeito, o colega dele vinha em sua direção com um gargalo quebrado de garrafa, fui em direção dele e soquei-o desequilibrando-o. Cassius vendo falou-me:
- Estou gostando de ver, mas, quero lhe ver de verdade.
Ao terminar de falar vieram mais outros que nos fecharam e repentinamente começou a tocar um som agressivo e metálico que antigamente era conhecido como rock. E tão repentinamente como o som foi uma garrafa que acertou minha cabeça, fiquei levemente desnorteado por alguns segundos e pude perceber que veio da direção do cara que soquei, vendo-o ali olhando pra mim e me chamando, em meu intimo sentia vontade de dilacerar seu corpo, enquanto encarava-o recebi socos, cadeiras me atingiram e pude sentir meu corpo formigar e partir pra cima dele,lembro de conseguir alcançá-lo, e socar-lhe o rosto compulsivamente e ter várias pessoas tentando fazer com que parasse.
Lembro de acordar em casa pela manhã com Celine fazendo-me curativos e Cassius chegando e dizendo-me:
- Hans, meu amigo, que noite hein? Cerveja, rock e sangue, obrigado pelo divertimento. Ah tenho um serviço pra você, na verdade uma oferta. Quero que seja meu colaborador em Londres, em troca lhe concedo todo o conhecimento que adquiri em todos estes anos. Não tenha pressa, lhe darei um dia pra pensar, agora arrume - se, pois, temos muito o que fazer.                 

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